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PISCICULTURA: A importância da qualidade da água g4r3y
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A qualidade da água de cultivo é um dos fatores de extrema importância para o piscicultor manter seu negócio saudável e lucrativo.
A qualidade de água inclui todas as características físicas, químicas e biológicas que interagem individualmente ou coletivamente, influenciando o desempenho da produção aquícola.
A perda do equilíbrio do ecossistema aquático acarreta diretamente a perda do equilíbrio econômico da atividade, trazendo como consequência a diminuição da produtividade e decorrentes prejuízos. As características que mais limitam a produção de peixe são:
• temperatura;
• transparência;
• oxigênio;
• gás carbônico;
• ph da água (acidez ou basicidade);
• dureza e alcanidade;
• carga nitrogenada (amônia, nitrito e nitrato);
• carga fosfatada.
Há outros fatores que também interferem na qualidade da água e no resultado da criação de peixes. Os fatores acima relacionados são os mais críticos e de mais fácil monitoramento, os quais podem e devem ser feitos pelo próprio produtor.
Vamos ar aqui uma rápida explicação de por que esses fatores são fundamentais:
Temperatura – É um importante fator limitante para produção de peixes tropicais, já que estes são pecilotérmicos, ou seja, têm a temperatura corporal variando em função da temperatura da água. As espécies de peixes nativos, em geral, toleram limites de temperatura de 22ºc a 32°c, sendo que a de melhor desempenho se situa na faixa de 24ºc a 30ºc.
Transparência – É um fator importante na produção de peixe, principalmente porque a vida dentro da água necessita de luz. Se a transparência se apresenta reduzida, a luz penetra poucos centímetros na coluna de água, não provendo calor e condições necessários ao desenvolvimento do fitoplâncton, diretamente ligado à produção de oxigênio.
Oxigênio – A quantidade de oxigênio é considerada a variável mais crítica de qualidade de água, sendo medido em miligrama por litro (mg/l). Depende diretamente da temperatura da água, altitude e salinidade. Quanto maior a altitude ou a temperatura da água, o nível de saturação de oxigênio é menor. Isso significa que em temperatura de 30°c em 1.000 m de altitude, não adianta colocar aeradores, sopradores, etc. pois o oxigênio dissolvido vai ficar no máximo em 6,6 ppm (partes por milhão) – nível de saturação.
Os organismos aquáticos têm limites máximos e mínimos de tolerância para teores de oxigênio dissolvido (od). Os peixes tropicais, em geral, exigem concentração acima de 5mg/l. Exposição contínua a níveis inferiores a 3mg/l pode levar ao estresse, com consequente diminuição da resistência, aumentando, assim, a incidência de doenças e mortalidade.
Dióxido de Carbono – O dióxido de carbono se encontra na água na forma de gás dissolvido, bicarbonatos e carbonatos. A formação desse gás está relacionada a respiração das algas, peixes e a processos de decomposição de matéria orgânica.
pH – É uma medida que fornece o grau de acidez da água e varia de 0 a 14. O ph 7 é considerado neutro, acima basico (ou alcalino) e abaixo ácido. Para produção de peixes, os valores mais adequados estão na faixa de 6,5 a 8,0.
Valores de ph menores que 4 e acima de 11 podem ser letais para algumas espécies de peixe. Os principais fatores determinantes do ph são o dióxido de carbono e a concentração de sais em solução.
Amônia – A amônia encontra-se na água sob duas formas: amônia ionizada (nh4+) e amônia não-ionizada (nh3-), que é mais tóxica. O equilíbrio entre as duas é regulado diretamente pelo pH e temperatura, mas sua presença se deve principalmente à excreção direta dos peixes através das brânquias, adubos nitrogenados e alimento não consumido. Os níveis tóxicos estão na faixa de 0,6 ppm e 2,0 ppm. Níveis acima desses valores podem ser letais para os peixes. Rações com alta digestibilidade reduzem a eliminação de amônia no ambiente, contribuindo para a melhor qualidade da água.
Da Assessoria
Fotos: Da redação
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